“Ser cristão significa perdoar o imperdoável...

... porque Deus perdoou o imperdoável em você”

Eu leio e releio essas verdades e confesso: ainda não consigo praticar....
Quando você é rejeitada, maltratada, julgada, ameaçada, é praticamente impossível perdoar.
Eu sempre tive referenciais bons, pessoas boas e agradáveis ao meu lado. Mas também topei com muita gente má, muita gente que tinha o prazer em humilhar e maltratar os outros, que mentia, manipulava, pra obter sucesso em coisas tão mesquinhas. 
Eu sempre fui de enfrentar, encarar esse tipo de gente, até que um dia, descobri que convivia com uma pessoa bastante cruel dentro da minha própria casa. Como pude escolher alguém de tão baixo nível espiritual pra conviver?
Hoje estou liberta dessas pessoas más, só que confesso que não consigo perdoar nem uma linha do que me fez passar na história da minha vida.
Eu sei que um dia vou conseguir, talvez quando essa pessoa morrer e parar de ser tão mal caráter, não sei....
Também não me importo se Deus está fazendo justiça ou não, se a pessoa está mal ou bem de vida....só sei que esse sentimento de injustiça, essa Sídrome de Caim, tem que acabar um dia.
Às vezes, esse ódio todo me deixa bastante constrangida comigo mesma. E muitas vezes, tenho a imaturidade de desabafar como estou fazendo agora. Considero imaturo sim, mas é necessário. Necessário pra mim!!!
Alguns falam que quando não se tem amigo, procure um psicólogo. Eu tenho amigos e tenho psicólogo e posso garantir que ajuda momentaneamente, mas não resolve.
Pra mim, o que resolveu e organizou meu cérebro foram outras técnicas, aplicadas por psiquiatras renomados, que aliviaram minha dor emocional em 90%.
E levo comigo um conselho: Juliana, você tem um FATO e tem um PROBLEMA. Fato você não consegue mudar, vai ter que arrumar um jeito de conviver com isso, mas o Problema você consegue resolver e se livrar dele.
Então, em tudo que acontece eu consigo separar o Fato e o Problema. O que eu conseguir SOLUCIONAR, é vitória pra mim. Os FATOS....eu deixo quieto, com dor ou sem, mas quieto, de preferência, debaixo dos meus pés!




...Graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais – nenhuma quantidade de renuncia, nenhuma quantidade de conhecimento recebido em seminários e faculdades de teologia, nenhuma quantidade de cruzadas em benefícios de causas justas. E a graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos ­­– nenhuma quantidade de racismo ou orgulho, pornografia ou adultério, ou até mesmo homicídio. A graça significa que Deus já nos ama tanto quanto é possível um Deus infinito nos amar


Há uma cura simples para pessoas que duvidam do amor de Deus e questionam a graça divina: voltar para a Bíblia e examinar o tipo de pessoas que Deus ama. Jacó, que se atreveu a se envolver em uma luta física com Deus e mesmo depois que fora ferido nessa luta tornou-se o epônimo do povo de Deus, “filhos de Israel”. A Bíblia fala de um homicida e um adúltero que ganhou reputação como o maior rei do Antigo Testamento, um “homem segundo o coração de Deus”. E de uma igreja dirigida por um discípulo que praguejou e jurou que não conhecia Jesus. E de um missionário sendo recrutado da fileiras dos torturadores de cristãos.

Em um de seus últimos atos antes de morrer, Jesus perdoou o ladrão que pendia de uma cruz sabendo muito bem que o ladrão havia-se convertido por causa de puro medo. Esse ladrão nunca estudaria a bíblia, nunca freqüentaria uma sinagoga ou igreja e nunca acertaria a sua vida com todos aqueles que havia prejudicado. Ele disse simplesmente: “Senhor, lembra-te de mim”, e Jesus lhe prometeu: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Foi outro lembrete chocante de que a graça não depende do que fizemos por Deus, mas, antes, do que Deus fez por nós.

EXCERTOS DO LIVRO MARAVILHOSA GRAÇA DE PHILIP YANCEY